O governador de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos) defendeu, na tarde desta quinta-feira (14/12), em coletiva de imprensa, o reajuste da tarifa do metrô e trem, enquanto a tarifa de ônibus municipais vai continuar inalterada na capital. Segundo o governador, a prefeitura de São Paulo tem condições financeiras de bancar o subsídio para segurar o reajuste, mas o estado, não.
O governador disse que, mesmo com o reajuste, o governo estadual deve gastar R$ 2 bilhões em 2024 com subsídios. Ele disse que o reajuste de R$ 4,40 para R$ 5 representa apenas metade da inflação nos três anos em que o preço atual está em vigor. A prefeitura de São Paulo estima em R$ 5,3 bilhões o valor do subsídio municipal este ano.
A contenção do valor da tarifa e a implantação gradual de tarifa zero em alguns dias determinados e para públicos específicos é uma das bandeiras de Nunes para a eleição do ano que vem. Tarcísio é contra a tarifa zero. Ele diz que é um programa insustentável financeiramente e que retira recursos de outras áreas, como a segurança. O governador, que apoia nos bastidores a reeleição de Nunes, se recusou hoje a cravar que estarão juntos no ano que vem. Questionado por jornalistas, ele riu e disse apenas que “conversa bem” com o prefeito, que minutos antes esteve ao lado dele em um evento sobre a defesa civil no Palácio dos Bandeirantes.
Tarcísio negou que a prefeitura tenha sido surpreendida pelo anúncio do aumento nesta quinta, três dias antes do início da tarifa zero aos domingos no ônibus da capital. Houve desconforto na prefeitura por não ter sido informada ontem, mas o governador garantiu que comunicou o reajuste a Ricardo Nunes em novembro, quando trataram do assunto.