União Brasil e PP anunciam desembarque do governo Lula

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A federação União Progressista, composta pelos partidos União Brasil e Progressistas, anunciou nesta terça-feira (2/9) a sua saída do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Com isso, todos os filiados deverão deixar o governo até 30 de setembro, o que inclui os ministros do Esporte, André Fufuca (PP), e do Turismo, Celso Sabino (União Brasil).

A decisão foi anunciada em entrevista coletiva com os presidentes das siglas, Antonio Rueda (União Brasil) e Ciro Nogueira (PP) na tarde desta terça-feira (2/9) na Câmara. O anúncio ocorre em meio ao início do julgamento do núcleo crucial da trama golpista no Supremo Tribunal Federal (STF).

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No anúncio, Rueda afirmou que, no caso de descumprimento da determinação, os filiados serão afastados em “ato contínuo”, com a adoção de punições disciplinares previstas no estatuto da federação. “Esta decisão representa um gesto de clareza e coerência. É isso que o povo brasileiro e eleitos esperam dos seus representantes”, afirmou o presidente do União Brasil.

O desembarque das siglas já era esperado após críticas de Lula, durante reunião ministerial, à falta de defesa do governo por ministros ligados ao centrão. Na ocasião, o presidente afirmou que aqueles que não se sentiam à vontade para defender publicamente o governo deveriam entregar seus cargos.

Ainda na reunião ministerial, o presidente Lula criticou diretamente Rueda, ao afirmar que não gosta dele e não tem pretensão de ser seu amigo, o que, segundo ele, seria recíproco.

Devem ser poupados os ministros Waldez Góes (Desenvolvimento Regional) e Frederico Siqueira (Comunicações), apadrinhados pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP).

Além disso, a federação e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, devem apoiar propostas de anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro e aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro.