A tecnologia trouxe mudanças para diversos segmentos do mercado e, na saúde, os impactos estão sendo percebidos por todos os segmentos, sistemas e serviços de saúde, médicos, profissionais que atuam na saúde e pelos pacientes. Um exemplo é a Telessaúde e a Telemedicina, que disponibilizam variados serviços à distância, por meio de modernas tecnologias digitais, de informação e comunicação, que promovem a assistência online aos pacientes.
A Telemedicina ganhou destaque no Brasil durante a pandemia de Covid-19, quando foi autorizada sua prática em caráter emergencial, para permitir o acesso aos profissionais e serviços de saúde.
A experiência positiva da teleconsulta, neste período, permitiu que o Brasil saísse de um atraso de décadas, na comparação com muitos outros países. Sua regulamentação pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) foi definida pela resolução 2.314/2022 e pela lei federal 14.510/2022. O reflexo disso tem sido um incremento da oferta da prestação de cuidados à saúde, neste momento, principalmente no sistema suplementar, mas já em crescimento no SUS.
Diversas pesquisas, incluindo as feitas pela Associação Paulista de Medicina (APM), em parceria com a Associação Médica Brasileira (AMB), vêm mostrando uma adesão progressiva por parte dos médicos do uso da teleconsulta, com um grau alto de satisfação dos pacientes.
Os benefícios são muito claros e incluem um maior acesso aos profissionais e serviços de saúde, maior resolutividade dos problemas comuns de saúde, triagem para direcionar o paciente ao local ou especialista mais adequado para o atendimento, entre outros tantos.
No entanto, é preciso lembrar que há limitações dependentes da situação clínica. Casos de urgência e de risco de vida, por exemplo, não podem, e nem devem, ser atendidos a distância, mas sim encaminhados aos serviços de urgência. Se o médico perceber que em determinada situação seria melhor o paciente ser visto presencialmente, ele deve fazer este encaminhamento.
A Telemedicina e a Telessaúde são um dos vários componentes da Saúde Digital. Soluções digitais, através dos chamados aplicativos, vêm sendo desenvolvidos de maneira crescente, para promoção e prevenção da saúde e para o apoio ao diagnóstico e ao tratamento de diversas doenças. A inserção da inteligência artificial tem crescido enormemente nos últimos tempos, seja para melhoria de processos de cuidados, ou como apoio às atividades médicas.
Antevendo essa evolução dos recursos tecnológicos integrados à assistência à saúde, a APM criou, há cinco anos, o Global Summit Telemedicine & Digital Health APM, com o propósito de contribuir para o desenvolvimento do ecossistema de Saúde Digital no país, envolvendo todos os players e levando conhecimento, experiências e visões sobre o presente e o futuro da medicina.
O impacto da primeira edição do evento, em 2019, foi tão expressivo que ganhou a atenção de diversos setores: academia, indústria, organizações, empresas, sociedades profissionais e empreendedores, referenciando o Global Summit APM como a iniciativa do gênero mais importante na América Latina.
Sua 5ª edição será realizada de 20 a 22 de novembro, no Centro de Exposições Frei Caneca, em São Paulo, com o tema central “Saúde Digital para Todos”, visando debater o presente e o futuro da Saúde Digital e da Telemedicina no Brasil e no mundo.
Com uma programação científica de alto nível, o evento proporcionará o encontro com os maiores especialistas em mais de 50 horas de conteúdo exclusivo, gerado a partir de mais de 100 palestras, conferências e painéis nacionais e internacionais, em cinco palcos simultâneos.
O Global Summit APM também conta com o apoio de importantes entidades internacionais da área, como a American Telemedicine Association (ATA), a International Society for Telemedicine & eHealth (ISfTeH) e do jornal científico internacional Telehealth and Medicine Today (THMT), além de mais de 20 instituições nacionais.
As inovações tecnológicas trazem enormes ganhos e desafios aos profissionais, sistemas e serviços de saúde. Ter acesso a esse campo e discutir suas práticas é essencial que possam ser ofertados os melhores cuidados possíveis às pessoas, de forma integral, equânime e cada vez mais, universal.