O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, recebeu, nesta segunda-feira (18/12), na sede da Corte, em Brasília, propostas de softwares de inteligência artificial capazes de fazer resumos de processos.
Cerca de 25 projetos foram dispostos em uma exibição montada no Museu Sepúlveda Pertence. A ideia é que os programas consigam organizar fatos relevantes do processo, informações das decisões de primeira e segunda instâncias e as razões do recurso.
“O documento tem muita informação que, às vezes, não é decisiva para o pronunciamento final”, afirmou Barroso.
“É uma simplificação imensa você ter uma primeira visualização do processo sem ter que ler 20 volumes. Portanto, há uma expectativa de que isso possa, de maneira muito significativa, ajudar na atuação, sobretudo nos tribunais, e, com isso, abreviar o tempo de duração do processo”.
De acordo com o ministro, tudo deverá ser feito sob a supervisão de um juiz, do relator do processo. “Esse é um primeiro passo para uma utilização bem racional da inteligência artificial pelo Supremo”, concluiu o Barroso.
As áreas técnicas do Supremo e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) estiveram presentes na exibição e produzirão um relatório sobre as diferentes propostas.
A etapa seguinte é pensar no modelo de contratação.