Sabatinas e votações para agências reguladoras devem ficar para o segundo semestre

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Lideranças da base do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) avaliaram ao JOTA que a falta de acordo sobre indicações para agências reguladoras deve jogar as sabatinas para o segundo semestre.

O motivo é o mesmo que tem arrastado a discussão até agora: a falta de consenso em relação aos nomes, especialmente para a ANP e Aneel.
A disputa entre o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, não parece que irá arrefecer, segundo fontes do círculo de cada político.

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Silveira faz questão de seus nomes — dois secretários da pasta, um para cada agência —, mas Alcolumbre não aceita. O governo tem tentado mediar, sem sucesso, um acordo com uma espécie de meio-termo.

Inicialmente, a liderança do Executivo no Senado trabalhava com a meta de apreciar as indicações das agências na semana que vem.

Os nomes envolvidos continuam, em sua maioria, os mesmos. Há falta de definição na Aneel, para a qual Silveira insiste em Gentil Nogueira para uma das vagas.

O ministro também teria preterido a indicação de Eduardo Braga (MDB-AM), Willamy Frota, ao enviar uma prévia das indicações para a Casa Civil — e piorado a situação da articulação em relação aos nomes.

Já na ANP, o cenário com mais certeza tem acumulado rumores de mudança. Fontes relatam que o próprio Davi Alcolumbre teria criado apetite pela diretoria-geral, que atualmente está encaminhada para uma indicação de Otto Alencar (PSD-BA), Artur Watt.

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Alencar negou ao JOTA e disse que não abre mão da nomeação de Watt. Isso indica que uma possível movimentação de Alcolumbre poderia criar atritos com o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

Com a instabilidade sobre a confirmação de Pietro Mendes para a outra diretoria, outros nomes também passaram a ser cotados — como a de Patrícia Baran, atual diretora-geral interina, que tem ligações políticas com Ciro Nogueira (PP-PI).