Prisão de Bolsonaro tumultua unidade da PF, com manifestações contra e a favor; deputada é barrada

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Preso nas primeiras horas da manhã deste sábado (22/11), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi levado para a Superintendência da Polícia Federal (PF) em Brasília, onde passará por audiência de custódia no domingo.

Bolsonaro foi preso preventivamente por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após um pedido da PF. O motivo foi o risco de fuga.

Do lado de fora da unidade da PF onde Bolsonaro foi levado, no Setor Policial de Brasília, manifestantes contra e a favor do ex-presidente começaram a se aglomerar.

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Grupos de bolsonaristas, a maioria com camisas da seleção brasileira, chamavam a prisão de “golpe” e diziam que Bolsonaro não cometeu nenhum crime.

Já os opositores do ex-presidente comemoravam cantando. Um rojão chegou a ser soltado por uma das pessoas. Um trio de mulheres abriu um espumante, e tomou goles da bebida. No começo da tarde, uma faixa com os dizeres “Bolsonaro na cadeia!” foi estendida por manifestantes.

Os dois grupos ficaram em espaços separados, mas em alguns momentos houve discussões acaloradas e xingamentos. A Polícia Militar do Distrito Federal acompanhava sem interferir nas discussões. Cerca de 10 viaturas estavam no local.

Motoristas que passavam de carro na via em frente ao local buzinavam e faziam o “L” em referência ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A deputada Bia Kicis (PL-DF) apareceu no meio da manhã. Ela chamou a prisão de “absurda, imoral” e de “perseguição política”.

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“Mais um ato de extrema injustiça e ainda com uma pessoa que está com a saúde comprometida, colocando em risco a vida do presidente que é um homem inocente”, afirmou. A congressista não foi autorizada a entrar na Superintendência da PF.

Por volta das 10h, uma das médicas que atende Bolsonaro saiu da superintendência. Questionada por jornalistas sobre a situação de saúde do ex-presidente, se limitou a dizer que não tinha “nada a declarar”.

O advogado Paulo Bueno, um dos responsáveis pela defesa de Bolsonaro, chegou por volta das 13h15 e não falou com a imprensa. Por diversas vezes ele da Superintendência para falar ao celular.