Pré-sal: em leilão acirrado, chineses superam Petrobras e produzirão mais petróleo

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Em disputa acirrada no 4º Leilão de petróleo da União, representada pela estatal Pré-Sal Petróleo (PPSA), foram vendidos nesta quarta-feira (31/7) R$ 17 bilhões em óleo do pré-sal — R$ 2 bilhões a mais que o esperado — para as petroleiras chinesas Cnooc e PetroChina e a brasileira Petrobras, que deverão produzir o combustível ao longo de 2025. Os chineses levaram a melhor e, dos 37,5 milhões de barris de petróleo ofertados pela União, levaram 23 milhões. A petroleira brasileira arrematou o restante.

O volume de óleo, dividido em quatro lotes, será produzido nos campos de Mero e Búzios, no pré-sal da Bacia de Santos. No regime de partilha do pré-sal, a Petrobras opera nesses campos em parceria com outras petroleiras. As empresas que devem repassar parte da produção para o governo, em percentual definido no momento do leilão do bloco. E a PPSA, criada para gerenciar e fiscalizar a produção desse petróleo, fica responsável por vender os direitos da União sobre o combustível para as petroleiras e repassar os recursos arrecadados para o governo federal.

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Nessa modalidade de leilão, a PPSA estabelece como preço mínimo o valor do Brent, acrescido de um desconto. Arremata o lote a empresa que oferecer o menor desconto — que ocorre por conta dos custos da empresa, sobretudo de logística.

No caso de leilão desta quarta, a Petrobras ofereceu um desconto de US$ 1,85 no primeiro e no quarto lote e não foi superada. Já a Cnooc ofereceu um desconto de US$ 1,59 para o segundo lote, enquanto a Petrobras parou em US$ 1,61. Já a PetroChina arrematou o terceiro lote com um desconto de US$ 1,35, superando os US$ 1,37 da Petrobras.

Os recursos, destinados ao Fundo Social, entrarão no caixa do Tesouro entre abril de 2025 e abril de 2026. “O leilão de hoje arrecadou R$ 17 bilhões, a maior da história dos leilões da PPSA. Em 2023, a parcela do petróleo da União foi de 47 mil barris por dia e a projeção para 2031 é que essa média aumente para 920 mil barris diários”, afirmou o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD-MG).