PF faz buscas contra Alexandre Ramagem para investigar espionagem ilegal

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A Polícia Federal cumpre nesta quinta-feira (25/1) mandados de busca e apreensão contra o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) no governo de Jair Bolsonaro (PL) por suspeita de monitoramento indevido de cidadãos com o uso do software espiao FirstMile. A Operação Vigilância Aproximada foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

A PF afirma que investiga “organização criminosa” que se instalou na Abin “com o intuito de monitorar ilegalmente autoridades públicas e outras pessoas, utilizando-se de ferramentas de geolocalização de dispositivos móveis sem a devida autorização judicial”.

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Além de 21 mandados de busca e apreensão, a Polícia Federal cumpre medidas cautelares diversas da prisão, como a suspensão imediata do exercício das funções públicas de sete policiais federais. As buscas contra Ramagem, nome de Bolsonaro para disputar as eleições municipais no Rio de Janeiro, estão sendo conduzidas tanto no gabinete parlamentar quanto no apartamento funcional.

A operação é uma continuação das investigações da Operação Última Milha, deflagrada em 20/10/2023.

A Polícia Federal afirma que as provas obtidas a partir das diligências anteriores “indicam que o grupo criminoso criou uma estrutura paralela na Abin e utilizou ferramentas e serviços daquela agência de inteligência do Estado para ações ilícitas, produzindo informações para uso político e midiático, para a obtenção de proveitos pessoais e até mesmo para interferir em investigações da Polícia Federal”.

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Os investigados podem responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de invasão de dispositivo informático alheio, organização criminosa e interceptação de comunicações telefônicas, de informática ou telemática sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados em lei.