Durante a posse como ministro da Saúde, realizada na tarde de segunda-feira (10/3), Alexandre Padilha (PT-SP) reforçou a importância de mudanças no modelo de remuneração no Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo o ministro, a iniciativa é fundamental para reduzir as filas na busca por especialistas.
“Teremos a coragem e a ousadia necessárias para superar esse modelo da tabela do SUS, enterrá-la de uma vez por todas e criar um sistema que garanta acesso à nossa população”, afirmou.
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Padilha deve seguir o que já havia sido anunciado no programa Mais Acesso a Especialistas no ano passado. Com investimento de R$ 2,4 bilhões para este ano e mais de 90% de adesão, o plano prevê a remuneração por pacote a estados e municípios e não mais por procedimento, como no modelo anterior. Tal estratégia, na avaliação da equipe de governo, pode conferir maior agilidade no acesso e resolutividade no atendimento.
Para que o novo formato se estruture, disse, será preciso contar com a atuação conjunta de instituições públicas e privadas. Padilha mencionou universidades, centros de formação de especialistas, a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) e também parcerias com o setor privado de forma geral.
O ministro citou também a possibilidade de utilizar centros de diagnóstico e serviços especializados com capacidade ociosa. “A resposta envolverá toda a estrutura do nosso país”, declarou.
O novo gestor da pasta ressaltou que dará continuidade aos projetos iniciados por sua antecessora, Nísia Trindade. Prometeu ainda promover melhorias no diagnóstico do câncer. Segundo Padilha, o novo modelo terá início pelos procedimentos que apresentam maior tempo de espera, incluindo cirurgias para catarata e outras doenças.