A disseminação do uso da inteligência artificial tem se intensificado nas últimas décadas. Esse avanço foi inicialmente impulsionado pelo aumento da capacidade de processamento, que permitiu a execução de algoritmos de IA mais complexos e a análise de grandes volumes de dados. Além disso, a crescente quantidade de dados digitais gerados em diversas áreas, como internet, comércio eletrônico e redes sociais, forneceu material essencial para o treinamento de modelos de IA, ampliando sua atuação em diversos segmentos.
Com a chegada dos chatbots, que passaram a simular conversas com usuários humanos utilizando linguagem natural, a utilização da IA expandiu-se de maneira definitiva. Esses chatbots conseguem entender e responder a perguntas, tornando a IA ainda mais acessível e útil.
Para os profissionais responsáveis pelo GRC (Governança, Risco e Compliance) a questão que se apresenta é: como a IA já está impactando e como ela irá impactar o GRC no futuro próximo? Nada melhor do que perguntar aos próprios chatbots de IA o que eles têm a dizer.
Consultando o ChatGPT, verificamos que a IA já está sendo utilizada para automatizar tarefas repetitivas e manuais, como a coleta e análise de dados. Isso permite a análise de grandes volumes de informações com maior velocidade e precisão, identificando padrões suspeitos, alertando sobre possíveis fraudes e indicando riscos ou violações de conformidade.
Com os avanços em IA e machine learning, será possível prever riscos antes que eles se concretizem, baseando-se em dados históricos e em tempo real para identificar sinais de alerta precoce. Ferramentas de IA também poderão ajustar automaticamente políticas e procedimentos de compliance em resposta a mudanças nas regulamentações, reduzindo o tempo e o esforço necessários para manter a conformidade.
Além disso, os sistemas de IA poderão fornecer recomendações para a tomada de decisões em áreas de GRC, ajudando conselheiros e gestores a tomarem decisões mais bem fundamentadas.
Ao fazer a mesma pergunta ao Gemini (IA do Google), as respostas foram semelhantes, com o adicional de que a IA pode monitorar leis e regulamentos que afetam as empresas, mantendo-as em conformidade com as mudanças constantes.
Finalmente, o Microsoft Copilot aponta alguns desafios na implementação da inteligência artificial no GRC:
Governança de dados: dada a dependência da IA em grandes volumes de dados, é crucial estabelecer políticas robustas de governança para garantir a qualidade, integridade, privacidade e segurança dos dados utilizados nos sistemas de IA;
Segurança cibernética: a IA apresenta novos desafios de segurança, exigindo a colaboração com especialistas em segurança cibernética para proteger os sistemas de IA contra ameaças;
Transparência e Ética: garantir que as decisões tomadas por IA sejam compreensíveis, justas e alinhadas aos valores e objetivos empresariais;
Acompanhamento tecnológico: profissionais de GRC precisam acompanhar o ritmo das mudanças tecnológicas para garantir que a IA seja usada de maneira responsável e eficaz.
Esses pontos destacam como a IA está transformando o GRC, oferecendo novas oportunidades e apresentando novos desafios que precisam ser cuidadosamente gerenciados.