O promotor de Justiça, Severino Antonio Tavares Moreira Barbosa, do Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) denunciou o aposentado Rogério Cardoso Junior, por agressão à advogada Caroline Zanin, irmã do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Cristiano Zanin, e seus dois cachorros em 16 de outubro, em São Paulo.
Segundo a denúncia, câmeras de segurança registraram o momento em que Caroline Zanin passeava com seus dois cachorros em Perdizes, na capital paulista, em direção ao prédio em que mora, quando ela e os animais foram alvos de chutes desferidos por Cardoso Junior.
O denunciado alegou que os cachorros, ambos de pequeno porte, da raça Welsh Corgi, teriam latido para ele e puxado a sua bermuda, quase o despindo. Mas as imagens registradas contradizem a versão apresentada pelo acusado, que alegou ter sido vítima de ataque de um dos cães.
Depois de os cachorros latirem e irem em direção a Cardoso Junior, Cristiane Zanin imediatamente afastou os animais. Na sequência, o homem afirmou que iria chutar a ela e aos cães, e iniciou as agressões, cessadas no momento em que o segurança do prédio chega e Cristiane Zanin consegue entrar no condomínio.
De acordo com a denúncia, “ROGÉRIO CARDOSO JUNIOR ofendeu a integridade corporal da vítima Caroline Zanin Martins, por razões da condição do sexo feminino, resultando lesões corporais de natureza leve na ofendida, consistente em “escoriação na região lateral da perna direita (2cm x 1cm)”.
Além disso, as agressões praticadas contra os dois cachorros da raça Welsh Corgi “demonstram de modo cristalino que causou — e que efetivamente tinha o dolo de causar- sofrimento aos dois animais, sendo prescindível comprovação de efetivas lesões físicas nos cães para configuração do delito de maus-tratos. De todo modo, um dos cachorros, denominado “Catarina”, foi atingido pelos chutes e ainda se lesionou, apresentando dor e sangramento no local”.
Por isso, o Ministério Público denunciou Cardoso duas vezes pelo crime de maus-tratos contra animais, e uma por lesão corporal praticada contra mulher, por razões da condição do sexo feminino. Também na denúncia, consta a obrigação, em caso de condenação, de que Cardoso não possua ou adquira qualquer animal.
Procurada, a defesa de Rogério Cardoso Junior não se manifestou até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto.
O processo tramita com o número 1542355-92.2023.8.26.0050.