Moraes diz que falou sobre Lei Magnitsky em reuniões com presidente do BC

  • Categoria do post:JOTA

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), enviou nota à imprensa nesta terça-feira (23/12) em que confirma as reuniões com o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, a presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, e representantes de bancos e instituições privadas. Ele diz que as conversas foram sobre a aplicação da Lei Magnitsky, em que ele foi sancionado.

A nota é uma resposta à reportagem do jornal O Globo publicada na segunda-feira (22/12) que afirmou que Moraes se reuniu com Galípolo para falar sobre o Banco Master. A esposa do ministro, Viviane Barci, é advogada do banco. A jornalista Malu Gaspar, de O Globo, revelou que Barci tem um contrato advocatício com o Banco Master que totalizaria cerca de R$ 130 milhões, divididos em parcelas mensais de R$ 3,6 milhões durante três anos, a serem pagos desde janeiro de 2024.

Assine gratuitamente a newsletter Últimas Notícias do JOTA e receba as principais notícias jurídicas e políticas do dia no seu email

“Em todas as reuniões, foram tratados exclusivamente assuntos específicos sobre as graves consequências da aplicação da referida lei, em especial a possibilidade de manutenção de movimentação bancária, contas correntes, cartões de crédito e débito”, diz a nota.

Entre as instituições privadas que conversaram com Moraes estão a Federação Nacional dos Bancos (Febraban), a Confederação Nacional das Instituições Financeiras e representantes de bancos privados como Itaú, BTG e Santander.

Moraes foi sancionado em julho pela Lei Magnitsky, dos Estados Unidos, por causa do julgamento de Jair Bolsonaro. Em 12 de dezembro, o nome dele foi retirado da lista.

O anúncio consta na página do Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros, conhecido pela sigla OFAC (Office of Foreign Assets Control). A entidade é responsável por administrar e fazer cumprir os programas de sanções econômicas dos EUA.