Ministério da Saúde avaliará dose única de vacina contra HPV

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O Ministério da Saúde estudará a adoção de uma única dose da vacina quadrivalente contra o papilomavírus humano (HPV) no Sistema Único de Saúde (SUS). A análise deverá começar na próxima reunião da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (CTAI), agendada para 15 de março.

A medida, que tem apoio da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), poderia ajudar a aumentar a cobertura vacinal, dizem interlocutores ouvidos pelo JOTA. Outros motivos incluem a redução de custos e a maior adesão à vacinação.

Mais discussões devem ser necessárias até sair a recomendação, que ainda não é possível antecipar. O grupo tem caráter técnico, científico e de assessoramento, sem poder de decisão final, que cabe à alta cúpula da pasta.

A vacinação tem sido um dos entraves da atual gestão do ministério. Dados divulgados pela pasta em dezembro mostram que oito taxas de imunização aumentaram na campanha de multivacinação no ano passado, revertendo a tendência de queda registrada desde 2016. Esses números, contudo, seguem abaixo da meta, que varia de 90% a 95%. Já a cobertura da vacina contra HPV subiu 30% de 2022 para 2023.

Atualmente, o esquema vacinal contra HPV é de duas doses para crianças e adolescentes de 9 a 14 anos — faixa etária incluída no SUS, que também contempla imunossuprimidos de 9 a 45 anos. O número sobe para três doses para pessoas de 15 a 45 anos, que podem se vacinar em clínicas particulares.

Esse imunizante é uma das principais formas de proteção contra os cânceres de colo do útero, de vulva, de vagina e de ânus, além de verrugas genitais. Há outra vacina contra HPV, na versão nonavalente, disponível somente no mercado privado.