Menino do meme ‘Valeu, Natalina!’ perde processo contra Diego Defante

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O adolescente, gravado em um vídeo que viralizou em 2019, perdeu um processo contra o comediante Diogo Defante no qual pedia indenização por danos morais por uso indevido de sua imagem.

O jovem é um dos garotos do meme “Valeu, Natalina!”, no qual Defante pede para os dois adolescentes mandarem uma mensagem natalina para os telespectadores. O garoto, no entanto, se confunde e, achando que “natalina” era o nome de uma pessoa, diz “Valeu Natalina!”. Os vídeos com o meme têm milhões de visualizações no YouTube e ressurgem todo Natal.

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O adolescente e um amigo, menores de idade, estavam vendendo balas em Madureira, no Rio de Janeiro, em 2019, quando foram abordados pelo comediante e gravados sem a autorização dos pais.

No processo, a mãe do adolescente pedia indenização de R$ 200 mil pelo uso indevido da imagem de seu filho e reparação pela exploração comercial do episódio. A autora do processo afirma que o comediante teria tido “grandes lucros” com o uso da imagem.

A Justiça do Rio de Janeiro, no entanto, não concedeu o pedido. A juíza Maria Daniella Binato de Castro, da 5ª Vara Cível de Duque de Caxias, entendeu que não houve dano moral comprovado e deu ganho de causa a Diogo Defante. Cabe recurso à decisão.

No processo, o comediante argumenta que, embora o vídeo inicial tenha sido feto sem autorização dos responsáveis, no ano seguinte a mãe do adolescente autorizou a gravação de um segundo vídeo no qual o garoto foi levado por Defante para um passeio de Natal.

Nesse segundo encontro, o jovem ganhou uma série de presentes e depois chegou a criar uma página no Instagram que foi divulgada no canal do comediante a pedido do jovem. O menino também participou de um podcast do comediante com autorização da família.

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Defante argumentou que o próprio adolescente divulgou o vídeo original em sua página e que sua mãe não pediu a retirada dos vídeos originais após a publicação.

A Justiça negou o pedido, mas o jovem não terá que pagar custas processuais por ser beneficiário da Justiça gratuita.

Até 2024, o adolescente continuava sendo vendedor ambulante no Rio de Janeiro, segundo postagens em redes sociais.