O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fecha o primeiro ano de seu governo com aprovação de 54% dos eleitores e desaprovação de 43%. Em relação à pesquisa anterior, de outubro, a aprovação ficou estável e a desaprovação variou 1 ponto percentual para cima, é o que revela a sexta e última rodada da pesquisa Genial/Quaest de 2023.
Em linha com o desempenho na eleição, o presidente mantém maior índice de aprovação no Nordeste (70%), entre os mais pobres (64%), entre os eleitores pretos (63%) e católicos (61%). Em relação a outubro, o desempenho registrou pouca variação.
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A avaliação expressamente positiva (ótimo/bom) do governo variou 2 pontos percentuais, passando de 38% em outubro para 36% nesta pesquisa. Por outro lado, a avaliação expressamente negativa (ruim/péssimo) permaneceu estável em 29%. Já a avaliação que Lula faz um governo regular passou de 29% para 32%.
A consultoria quis saber ainda qual nota o eleitor atribui ao primeiro ano do governo Lula. No cômputo geral, a nota que Lula recebe ao final de seu primeiro ano é de 5,7. Esse índice atinge a máxima entre eleitores do Nordeste (6,9), e menor entre evangélicos (5,2).
Polarização
A consultoria também perguntou como os brasileiros veem o governo Lula no que se refere à polarização que permanece no país desde a eleição presidencial. E constatou que, na opinião de 58%, o governo Lula contribuiu para dividir o país, contra 35% que avaliam o contrário, que Lula contribuiu para a união.
A pesquisa perguntou para os eleitores se, ao término do primeiro ano de governo, eles se arrependem de terem votado da forma que fizeram no segundo turno da eleição. A maioria (88%) não se arrepende, contra 6% que se dizem arrependidos.
Ao analisar a resposta em relação ao voto dos eleitores, verifica-se que 92% dos apoiadores de Lula afirmam não se arrepender do seu voto, enquanto 7% expressam arrependimento. Esses índices são bastante semelhantes aos observados entre os eleitores de Bolsonaro: 93% e 6%, respectivamente.
Otimismo com a economia
Apesar da polarização e do crescimento da desaprovação, os brasileiros estão otimistas com a economia: 54% acreditam que a situação vai melhorar nos próximos 12 meses. O otimismo está presente também no percentual dos que consideram que o Brasil está na direção certa, que passou de 43%, em outubro, para 45%, enquanto os que têm opinião contrária somam hoje 43%, com recuo de 6 pontos percentuais no mesmo período.
O relacionamento de Lula com o Congresso Nacional é visto como mais favorável pela população. Para 50%, o presidente tem mais facilidade do que Jair Bolsonaro nesse campo, com crescimento de 9 pontos percentuais sobre a pesquisa de outubro. Enquanto o índice dos que consideram que a relação é mais difícil recuou de 43% para 36%.
A pesquisa entrevistou, presencialmente, 2.012 eleitores em todos os estados do Brasil com idade superior a 16 anos entre os dias 14 e 18 de dezembro. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais e o intervalo de confiança das estimativas é de 95%.