A segunda rodada da pesquisa Genial/Quaest de 2024, divulgada nesta quarta-feira (8/5), aponta uma tendência de estabilização na aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Essa estabilização ocorre após um período de declínio iniciado em outubro de 2023, com um ritmo mais acelerado no início deste ano.
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A gestão do presidente é aprovada por 50% e desaprovada por 47%, ante 51% e 46% respectivamente na pesquisa anterior, resultando em um saldo de aprovação de três pontos percentuais. Entretanto, na avaliação geral do governo – considerado o piso da aprovação, o resultado mostra empate numérico: 33% têm avaliação negativa, 33% positiva e 31% avaliam o governo como regular.
Em síntese, esses números reforçam a leitura de que não é possível afirmar que existe uma reversão da tendência de queda na popularidade do governo. Contudo, é possível que essa estabilização nas curvas represente um começo de “despiora”, uma melhoria gradual, ou pelo menos uma pausa na deterioração da imagem do mandatário, embora não haja garantias nesse sentido.
O levantamento foi conduzido presencialmente entre os dias 2 e 6 de maio de 2024, com 2.045 pessoas com 16 anos ou mais de todos os estados. A margem de erro para os resultados gerais é de 2,2 pontos percentuais.
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Confira os principais destaques:
Direção do País: Pela primeira vez, a maioria dos entrevistados (49%) avalia que o Brasil está indo na direção errada, ante 41% que pensa o oposto
Promessas de campanha: A confiança na capacidade do presidente de cumprir suas promessas diminuiu. Agora, 63% avaliam que o presidente não está conseguindo cumprir o que prometeu, em comparação com 56% em fevereiro. Enquanto isso, 32% dizem o contrário, contra 38% na pesquisa anterior
Economia: Para 38%, a economia piorou nos últimos 12 meses, contra 27% que veem melhora. A alta do custo de vida lidera de longe a insatisfação: 67% dizem que seu poder de compra diminuiu, com destaque para contas de água e luz (62%), combustível (48%) e alimentos (73%).
Cobertura midiática: A percepção sobre o noticiário relacionado ao governo também piorou: 41% agora dizem ter visto mais notícias negativas, contra 30% que receberam mais notícias pró-governo.
Entre os exemplos de notícias positivas citadas pelos participantes, os programas sociais predominam nas respostas: Bolsa Família lidera com 7% das menções, seguido da ajuda ao Rio Grande do Sul, com 4%.
Entre as notícias negativas, houve uma série de menções a temas econômicos, como aumento de preços/inflação, juros, aumento de impostos e aumento do gasto público.
Otimismo sobre o futuro: Apesar das preocupações econômicas, há algum otimismo em relação aos próximos 12 meses: 48% dos entrevistados acreditam que a economia vai melhorar, contra 30% que temem uma piora.