O CyberGAECO, braço especializado do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) para infrações penais em ambientes virtuais, cumpriu mandados judiciais em Santa Catarina na última segunda-feira (27/1). A operação prendeu um hacker suspeito de acessar 80 credenciais de usuários e adulterar processos judiciais.
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Foi descoberto que o investigado possuía mais de 1 terabyte de informações mineradas “de um número indiscriminado de usuários”, segundo o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC). “O objetivo dessas ações era prejudicar a marcha processual e afrontar os sistemas judiciais”.
A ação, que aconteceu na cidade de Curitibanos (SC), foi em apoio à investigação da 1ª Promotoria de Justiça da Comarca de Curitibanos, e batizada de Operação Skyfall. Os dados alegadamente capturados pelo hacker foram compilados em um sistema próprio desenvolvido por ele, o que possibilitava não apenas a invasão de sistemas judiciais, mas também de órgãos de segurança e saúde, segundo o Ministério Público. Com o material apreendido, as autoridades pretendem identificar mais evidências sobre o método de atuação do hacker, bem como possíveis cúmplices.
Não é a primeira vez que o suspeito está envolvido em crimes virtuais: durante a adolescência, ele já tinha sido alvo de investigações. Segundo o MP, há indícios de que o hacker utilizava ferramentas para apagar os rastro de suas ações.
Operação
Além do Gaeco, a operação foi apoiada pelo Núcleo de Inteligência e Segurança Institucional (NIS) do Tribunal de Justiça do Estado de Santa Catarina (TJSC) e pela Polícia Científica de Santa Catarina. O Gaeco é composto pelo Ministério Público, Polícia Civil, Polícia Militar, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Penal, Receita Estadual e Corpo de Bombeiros Militar.
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Segundo o MPSC, o nome “Skyfall” vem do filme 007 – Operação Skyfall, de 2012, e “faz uma referência à determinação e resiliência das autoridades, lembrando a forma como o agente James Bond enfrenta desafios para proteger o que é valioso”.
Segundo o CyberGAECO, medidas de prevenção de acessos indevidos em ambientes virtuais incluem “senhas não sejam repetidas em sites ou acessos diversos e que seja mantida uma postura constante de troca de senhas”.