Entidades que representam os 346 mil servidores do Plano Geral de Cargos do Poder Executivo (PGPE), da carreira de Previdência, Saúde e Trabalho (PST) e correlatos assinaram com o Governo Federal, nesta segunda-feira (17/6), acordo de reajuste salarial para os próximos dois anos.
De acordo com a proposta, essas carreiras terão reajustes de 9%, em janeiro de 2025, e de 5%, em abril de 2026. Da mesma forma que o governo negocia com os técnicos-administrativos educacionais (TAEs), o Executivo elevou os percentuais dos steps, os degraus de progressão e promoção funcional.
O documento assinado prevê que, no nível superior, ocorra aumento nos padrões de 2,8% para 3% e, nas classes, de 3% para 4%. Já no nível intermediário, a elevação nos padrões foi de 1% para 1,25%. Nas classes, de 1,5% para 2%.
Essas carreiras estão espalhadas em diferentes setores do governo, sendo que os servidores do PGPE estão distribuídos em 77 setores da administração federal.
O secretário-executivo da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), Sergio Ronaldo, reconheceu que este foi o acordo possível, dentro do atual contexto.
“Não foi o acordo ideal, mas o possível. Se formos observar, tivemos o reajuste de 9%, em 2023, o acordo fechado nesta segunda-feira e o aumento de benefícios, que recuperam parte da recomposição das perdas dos últimos anos. A partir de agora, vamos debater outros temas, como a reorganização de carreiras, que é um tema altamente relevante”, afirmou Sérgio Ronaldo.
Os servidores dessas carreiras negociaram de olho no impasse da educação. Por isso, houve um esforço, até o último minuto, para que o governo se comprometesse a estender para essas carreiras todo eventual avanço nas negociações com os TAEs, o que não foi aceito pelo Executivo.
A Condsef também tentou levar para o termo de assinatura o compromisso de abrir uma nova mesa específica para discutir a reestruturação das carreiras de PGPE, PST e correlatos.
Embora o governo tenha rejeitado que esse compromisso fosse levado para o acordo, os negociadores do Executivo trouxeram para o debate um plano que tem sido desenhado pelo secretário de Gestão de Pessoas do Ministério da Gestão, José Celso Cardoso, para reorganizar o conjunto de carreiras federais.