Genial/Quaest: Lula mantém liderança e abre frente sobre Tarcísio e Ratinho Júnior

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A um ano da disputa pela sucessão presidencial, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) segue na dianteira em todos os cenários testados pela pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quinta-feira (9/10). O levantamento mostra o petista com intenções de voto que variam entre 35% e 43% no primeiro turno, dependendo do cenário testado.

Entre os adversários, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) – que segue inelegível – é o nome mais competitivo, com 26% das intenções de voto. Em seguida aparecem Michelle Bolsonaro (PL), com 21%, e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), com 18%.

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Lula vence todos os rivais no segundo turno

No segundo turno, Lula venceria todos os rivais testados, com percentuais que vão de 41% a 47%. A disputa mais apertada seria contra Ciro Gomes (PDT), que teria 32% – diferença de 9 pontos percentuais. Já o confronto mais favorável a Lula é contra o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSD), que aparece com 22%, abaixo até dos eleitores que afirmam votar em branco, anular ou se abster.

Contra Bolsonaro, Lula venceria por 46% a 36%. Michelle Bolsonaro obteria 34% e Tarcísio 33%, ambos 12 pontos atrás do petista. O governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), caiu sete pontos desde maio e perderia por 38% a 31%.

O levantamento ouviu 2.004 eleitores em todo o país entre 2 e 5 de outubro. A margem de erro é de 2 pontos percentuais e o nível de confiança, de 95%.

Genial/Quaest

Espontânea mostra Lula em alta e Bolsonaro em queda

Na pesquisa espontânea – quando o entrevistado cita nomes sem a apresentação de uma lista – , Lula subiu de 11% em maio para 19% agora. Já Bolsonaro caiu de 9% para 6% no mesmo período. O número de indecisos permanece elevado, em 69%, estável nas últimas rodadas.

Maioria ainda avalia que Lula não deveria disputar a reeleição

A maioria dos entrevistados (56%) considera que Lula não deveria disputar a reeleição, enquanto 42% defendem uma nova candidatura. A diferença entre os dois grupos – 14 pontos percentuais – é a menor desde maio, quando a diferença era de 34 pontos.

Entre os bolsonaristas, 76% dizem que Jair Bolsonaro deveria apoiar outro nome, mesmo percentual registrado em setembro.

Rejeição a Tarcísio cresce mais que apoio

Entre março e outubro, a rejeição a Tarcísio entre os eleitores que dizem conhecer o governador subiu de 32% para 41%, um avanço de nove pontos percentuais. No mesmo grupo, a parcela dos que afirmam que votariam nele passou de 23% para 26%, uma alta de três pontos, mas sem variação em relação ao mês anterior. Isso indica que, apesar da visibilidade crescente, Tarcísio não converteu esse conhecimento adicional em novos eleitores potenciais.

Entre nichos ideológicos, o apoio é desigual. Na direita não bolsonarista, o governador tem desempenho sólido (51% de intenção entre quem o conhece), mostrando boa penetração entre conservadores moderados. No núcleo bolsonarista, embora o apoio também seja alto (46%), chama atenção que quase um quarto (23%) rejeita Tarcísio mesmo conhecendo-o, o que sugere desconfiança entre os mais fiéis a Bolsonaro.

Tarcísio avança em notoriedade, mas sua imagem se torna mais divisiva. Ganha visibilidade, mas paga o preço do aumento da rejeição — especialmente fora do campo bolsonarista mais fiel. O dado sugere que, por ora, ele é mais conhecido, mas não necessariamente mais viável eleitoralmente.