Em meio ao apetite do Centrão pelo BB, mandato de vices e diretorias entram na reta final

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Com os mandatos atuais de toda a diretoria executiva (vice-presidentes e diretores) do Banco do Brasil (BB) entrando em seu último mês de vigência, lideranças do Congresso demonstram interesse crescente por avançar nas indicações a cargos estratégicos na cúpula da instituição.

Até 2 de julho, o comando do BB deve decidir se vai renovar os mandatos por mais um biênio ou se trocará os indicados pela presidente Tarciana Medeiros em 2023, cujo cargo também tem sido alvo de cobiça, mas parece ter chances remotas de sair do banco. Uma dança das cadeiras é esperada em alguns desses cargos.

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Em janeiro deste ano, em meio à reforma ministerial, o Centrão enviou recados ao presidente Lula sinalizando o interesse em indicações na cúpula do Banco do Brasil para atender ao Senado. A iniciativa visaria reciprocidade de tratamento nas indicações políticas já que a Câmara é responsável pelas indicações na Caixa Econômica Federal. Lula, no entanto, já mostrou resistência de trocar o comando do BB.

Agora, com a proximidade de os mandatos dos vice-presidentes chegarem ao fim e em meio a temas polêmicos no Congresso, como a CPMI do INSS e os PDLs para derrubar o aumento do IOF, o Centrão está ainda mais bem posicionado para tentar arrancar pelo menos alguns cargos do banco público.

Um integrante do governo admitiu que existe a possibilidade de que parte das vice-presidentes seja substituída, algo que também tem sido comentado bastante nos bastidores da instituição. Quem entende do processo avalia que as vices “mais cobiçadas” são as de governo, de agro e de tecnologia, mas havia demanda também pela vice de atacado.

Há também expectativa de trocas de diretores e do comando de pelo menos parte das subsidiárias. Entre os nomes que estavam bastante cotados para serem substituídos está o de André Haui, diretor-presidente do BB Seguridade, uma holding que atua com seguros, previdência, títulos de capitalização e planos odontológicos, e em negócios que intermedeiam a venda desses produtos.

Entre os nomes cotados para assumir cargos no BB está Luiz Lessa, presidente do Banco da Amazônia, posto que ocupa desde junho de 2023, já sob indicação do governo Lula. Outro executivo apontado é Denísio Liberato, presidente da BB Asset, que chegou ao BB por indicação do Senado.