Deputados se comprometeram nesta quinta-feira (23/5) a estudar a elaboração de uma proposta para que o Sistema Único de Saúde (SUS) realize mamotomias, um tipo de biópsia minimamente invasiva que pode evitar cirurgias e tornar mais precisos os diagnósticos de câncer de mama. O pedido de codificação no SUS foi feito pela médica Rosemar Rahal, tesoureira da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM).
“Conte comigo, doutora Rosemar, para que nós possamos trabalhar pela questão do código SUS, em relação à mamotomia”, afirmou a deputada federal Flávia Morais (PDT-GO), da Subcomissão Especial para Acompanhar e Fiscalizar a Regulamentação da Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer (PNPCC) da Câmara dos Deputados.
“Essa questão apresentada aqui sobre o código para mamotomia é algo interessante que a gente poderia trabalhar na perspectiva de ter alguma proposição do parlamento”, acrescentou o deputado Dorinaldo Malafaia (PDT-AP), também integrante da Comissão de Saúde da Câmara.
Representantes de pacientes expressaram “grande expectativa” com a regulamentação da PNPCC. “A partir de junho a lei entra em vigor e há uma expectativa muito grande de todas as associações de pacientes com o que vem por aí”, disse Alexandre Rodrigues, da Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama).
Representando o Ministério da Saúde, a analista Suyanne Monteiro, servidora do Corpo Técnico da Coordenação-Geral da Política de Prevenção e Controle do Câncer (CGCAN), destacou que a pasta aumentou em 2023 o financiamento para cirurgias de reconstrução mamária, com as portarias 127 e 553 de 2023.
Parlamentares também ouviram apelos por ajuda contra a falta de disponibilização de medicamentos para câncer de mama que já foram incorporados pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec).