Coordenando políticas para proteger a Terra na COP 28

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A COP 28 emerge como um campo de batalha global na luta contra a emergência climática, travada com acordos e compromissos. É uma batalha pela sobrevivência de nossa casa, a Terra, contra a emergência climática que se avizinha. Nas palavras do secretário-geral da ONU, António Guterres, é um chamado à mobilização global, um apelo para proteger o clima e garantir um futuro digno para as gerações vindouras.

Nesse tabuleiro complexo, o Brasil assume seu papel, buscando parcerias e recursos para a preservação ambiental, especialmente na majestosa Amazônia. Com um compromisso inabalável com a agenda climática, o país já captou bilhões de reais destinados a investimentos sustentáveis, visando não apenas a preservação da Amazônia, mas também a redução das emissões de carbono até 2030.

No entanto, mesmo em meio a esse esforço conjunto, vozes discordantes ecoam nas muralhas da COP 28. O presidente do evento, Sultan Al Jaber, levanta controvérsias ao afirmar que não existe uma base científica sólida para a fase dos combustíveis fósseis. Ele argumenta que essa transição precipitada poderia prejudicar o desenvolvimento econômico. Um dilema intrincado que nos lembra que a interligação entre economia e meio ambiente é um quebra-cabeça complexo.

A presença do CEO da ExxonMobil, Darren Woods, adiciona complexidades à discussão. Ele enfatiza a importância de soluções como hidrogênio, biocombustíveis, captura de carbono e, é claro, as energias renováveis, na transição energética global. O mundo está em constante transformação, e a energia é o epicentro dessa revolução.

Nessa jornada, uma verdade se impõe: enfrentar a crise climática exige uma abordagem multilateral. Todos os países, especialmente os principais emissores de carbono, devem se comprometer. E, além disso, é necessário que essas nações coordenem políticas públicas com o objetivo de proteger nosso planeta. Apesar dos acordos e esforços passados, há desafios persistentes na implementação efetiva das metas climáticas e na mobilização de recursos financeiros suficientes.

A COP 28 é mais do que uma simples conferência: é uma oportunidade para transformar metas em ações concretas. No entanto, essa jornada carece de liderança destemida para superar os obstáculos que inevitavelmente surgirão no caminho. É uma chamada para líderes que enxergam além dos horizontes curtos e buscam o bem-estar global.

Nas últimas semanas, durante as sessões de negociação dos comitês da conferência, as diretrizes dos mecanismos de mercado para a transição rumo a uma economia com menor emissão de carbono, baseada na negociação de créditos de carbono entre as nações, foram estabelecidas. Não foi o acordo ideal, mas foi o acordo possível, e isso é um avanço. Para garantir o avanço do acordo, Brasil e Japão conseguiram êxito ao propor que as disputas técnicas fossem encaminhadas a uma instância dedicada ao mercado de carbono, a qual deverá determinar os critérios específicos para cada situação.

Levando em conta todos os desafios enfrentados na consecução deste acordo atual, é inegável que este representa um grande progresso na luta contra o aquecimento global. Na pior das hipóteses, podemos considerar que a redação final do Artigo 6 obteve um êxito mínimo, e agora cabe aos países signatários a responsabilidade de agilizar a regulamentação em seus próprios territórios, estabelecendo metas de redução das emissões de gases de efeito estufa para os diversos setores econômicos da sociedade.

Enquanto as vozes se elevam e as discordâncias persistem, cabe a nós, habitantes desta Terra, encontrar um terreno comum, unidos por um objetivo maior: a preservação do nosso planeta e a garantia de um amanhã melhor. É uma batalha pela nossa casa. Pois, no final, é a Terra que nos sustenta, e é nosso dever protegê-la.