Conitec aprova inclusão de nova vacina contra dengue no SUS

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O Ministério da Saúde avançou mais um passo para disponibilizar a nova vacina contra a dengue, desenvolvida pela Takeda, com a recomendação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec). O aval foi dado em reunião extraordinária nesta quarta-feira (20/12).

Agora, a chancela cabe à Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Complexo da Saúde (Sectics). A ministra da Saúde, Nísia Trindade, afirmou, em entrevista à imprensa, que a decisão sai ainda em 2023.

Inicialmente, a Conitec pediu mais informações à fabricante antes de tomar uma decisão. Um dos entraves para incluir a Qdenga no SUS era o preço de R$ 139 por dose, considerado alto pela pasta. Segundo o ministério, esse valor era o dobro das vacinas mais caras ofertadas na rede pública.

Em seguida, a comissão deu uma recomendação inicial a favor da incorporação da vacina da dengue em locais públicos prioritários definidos pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI). A medida restringe a regiões de maior incidência e transmissão da doença e nas faixas etárias com maior risco de casos graves. Além disso, considera a capacidade de fornecimento de doses, diz a pasta.

A Conitec também condicionou o aval à redução de preço no parecer inicial. O tema passou por consulta pública durante 10 dias, até a última segunda-feira (18/12). Segundo interlocutores ouvidos pelo JOTA, a Takeda propôs reduzir o valor para R$ 95 por dose.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou em março a vacina para pessoas de 4 a 60 anos. Quem se vacinar deve receber duas doses, com 3 meses de intervalo. A vacina protege contra os quatro sorotipos de vírus da dengue.

A Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) definiu o preço mínimo da Qdenga em R$ 301,27 para o consumidor final em junho, mas pode variar de acordo com o estado. A partir de então, clínicas particulares puderam aplicar a vacina.