A Controladoria Geral da União (CGU) apresentou a segunda versão do Guia Lilás, documento que traz uma série de orientações sobre a prevenção e o enfrentamento ao assédio (moral e sexual) e à discriminação de qualquer natureza no governo federal.
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Amparado em conceitos debatidos com o Conselho Nacional de Justiça sobre assédio e discriminação, o guia aborda o tema em linguagem didática e serve como ferramenta para identificar – e agir – diante de comportamentos inadequados no ambiente de trabalho.
Sob a coordenação da Ouvidoria-Geral da União, a nova versão do Guia Lilás insere as questões de gênero e raça como temas centrais e reforça a compreensão sobre o papel da corregedoria. Essa atualização ocorreu já sob a vigência do Plano de Combate ao Assédio na Administração Federal.
A atualização também introduz outras abordagens, como uma matriz para avaliação da gravidade de condutas, dividida em seis níveis que vão desde comportamento “em geral, não ofensivo” até “agressivo e fisicamente violento”.
A ouvidora-geral da União, Ariana Frances, ressalta que essa matriz pode auxiliar as ouvidorias, a rede de acolhimento e até mesmo a corregedoria diante de situações de violência.
Outra novidade é o capítulo conversas difíceis, que discute situações conflituosas que não representam, necessariamente, casos de assédio, embora possam constituir um comportamento inadequado.
No tema do racismo, além da atualização do Guia Lilás, a CGU prepara, em parceria com o Ministério da Igualdade Racial, um referencial com o protocolo de atendimento em ouvidorias públicas de todo o Brasil.
Em relação às outras formas de discriminação, a atualização do Guia Lilás aprofundou discussões como o capacitismo, a LGBTQIfobia e a gordofobia. Vale conferir, lá no final do guia, uma dinâmica com estudos de sete casos e como se comportar diante de situações parecidas.