Depois de semanas sob forte pressão, o governo teve uma quarta-feira de notícias favoráveis e sinais de uma maré mais benigna. Logo pela manhã, a pesquisa Genial/Quaest indicou recuperação na popularidade do presidente Lula, com aprovação subindo para 54% e desaprovação caindo para 43%.
Essa recuperação não foi generalizada, mas foi notável entre eleitores pobres do Sudeste e evangélicos, com desaprovação nesse segmento caindo dez pontos desde fevereiro. A leitura no entorno de Lula é que a economia mais controlada teve um efeito positivo nesse segmento.
A inflação de junho, medida pelo IPCA, foi de 0,21%, abaixo da previsão de 0,30%, com uma inflação acumulada de 4,23% nos últimos 12 meses e a aprovação da regulamentação da reforma tributária, indicando continuidade da agenda de reformas, também deixaram o governo animado. Além disso, o dólar, que chegou a flertar com R$ 5,70, agora está mais estabilizado na faixa dos R$ 5,40.
A consolidação de avanços em medidas fiscais pode reforçar esse cenário mais leve para o governo, mas o ambiente ainda é hostil e requer cuidados por parte de Lula e sua equipe.
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