A responsabilidade das instituições na adoção de práticas sustentáveis

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A sustentabilidade é um tema que ganha cada vez mais relevância no cenário global, e as instituições, sejam elas públicas ou privadas, desempenham papel crucial na promoção de boas práticas de desenvolvimento nesse sentido. Esse movimento é motivado não somente por questões ambientais, mas também pelos benefícios econômicos e sociais que tais atitudes podem proporcionar.

As instituições têm uma responsabilidade significativa nesse processo. A adoção de práticas sustentáveis, como a gestão eficiente de resíduos e o uso de energias renováveis, são passos essenciais. A Ordem dos Advogados do Brasil Seção São Paulo (OAB-SP), por exemplo, tem se posicionado de maneira proativa em relação à sustentabilidade.

Integrando o Pacto Global das Nações Unidas e aderindo à Agenda 2030 da ONU, a OAB-SP tem mostrado que a advocacia pode contribuir para a construção de um futuro mais sustentável.

A geração de energia limpa é um dos pilares fundamentais dessa construção, uma vez que a energia é um recurso essencial em todas as esferas da sociedade. Desde o ano passado, a OAB-SP desenvolve um projeto de transição energética que prevê a construção de 18 usinas fotovoltaicas até 2025. O primeiro passo foi a construção de uma usina-piloto na colônia de férias da OAB-SP, na cidade de Três Fronteiras, perto da divisa com Mato Grosso do Sul. Desde o início de seu funcionamento, a usina já gerou mais de 112 mil MWh, resultando em uma economia de aproximadamente R$ 15 mil por mês. Quando o projeto estiver finalizado, a estimativa é de uma economia anual de R$ 2,250 milhões.

Além dos benefícios econômicos, o investimento em energia renovável responde diretamente ao desafio global das mudanças climáticas. Com todas as unidades em funcionamento, espera-se uma redução de emissão de CO2 na ordem de 100 toneladas por mês, e com isso uma contribuição para a redução da pegada de carbono.

Iniciativas significativas também jogam luz sobre o comportamento social que pode ser adotado pelas instituições. Tais ações estabelecem um exemplo positivo para outras entidades e para a sociedade em geral, além de demonstrar que é possível alinhar práticas sustentáveis com as atividades institucionais e promover um futuro mais responsável.

Há ainda o viés educativo. A instituição acredita em ferramentas capazes de conscientizar advogados, funcionários e o público sobre a importância e as vantagens geradas pela transição para energias renováveis e a adoção de práticas sustentáveis.

É fundamental que instituições, em todos os setores, reforcem a importância de um futuro sustentável, no qual a preservação ambiental é aliada ao desenvolvimento econômico e social. E que isso não seja visto apenas como uma questão ética, mas como uma estratégia imprescindível para enfrentar os desafios globais das mudanças climáticas, garantindo, assim, a sustentabilidade e a viabilidade a longo prazo em um mundo cada vez mais consciente e exigente em relação às questões ambientais.