BID planeja triplicar financiamento climático para América Latina e Caribe

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O Grupo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) pretende triplicar o financiamento climático direto e mobilizado para América Latina e Caribe. Com o apoio dos países membros, a instituição segue a recomendação do G20 e garante U$ 150 bilhões de dólares para o financiamento climático para a região ao longo dos próximos 10 anos.

Segundo o presidente do banco, Ilan Goldfajn, o novo foco do Grupo BID está na ação para o clima e a natureza. “Isso significa aumentar o financiamento climático direto e mobilizado para a América Latina e o Caribe, expandir nosso trabalho com bens públicos globais, como a Amazônia, catalisar a participação do setor privado e desenvolver novos instrumentos financeiros para que possamos mobilizar mais capital para a ação climática”, disse ele, na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP28), em Dubai.

Com a recapitalização antecipada do braço de investimentos no setor privado, o BID Invest, a instituição afirma que pretende seguir as diretrizes do G20 para o enfrentamento das questões climáticas. Em 2024, o BID assume a presidência dos Grupos de Chefes dos Bancos Multilaterais de Desenvolvimento (BMDs) e de Bancos de Desenvolvimento Regionais (BDRs).

“Nossas prioridades de reforma incluem um foco em fazer com que os BMDs funcionem melhor como sistema, por meio da harmonização dos nossos padrões e processos e da coordenação continuada em projetos climáticos e dedicados à natureza. Além disso, continuaremos a liderar o trabalho em inovações financeiras, bem como a engajar a participação do setor privado no financiamento climático e da natureza. O objetivo é ajudar os BMDs a alcançar a escala e o impacto necessários para enfrentar os desafios atuais”, afirmou Goldfajn.

Para a Amazônia, o Grupo BID se comprometeu com investimentos de até US$ 5 bilhões para financiar projetos de desenvolvimento sustentável. Além disso, o banco tem oferecido serviços financeiros com o objetivo de mobilizar mais recursos, com conversões de dívida por natureza, títulos vinculados à sustentabilidade e descontos quando os objetivos de natureza e clima de projetos de empréstimo selecionados são alcançados.