Bolsonaro preso, fraude bilionária e reforma administrativa: 9 fatos que marcaram a semana

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O Supremo Tribunal Federal (STF) concluiu, na terça-feira (25), a tramitação da ação penal do núcleo central da tentativa de golpe de 2022. E, na sequência, o ministro Alexandre de Moraes determinou o início do cumprimento da pena do ex-presidente Jair Bolsonaro e demais réus pelo crime de tentativa de golpe.

Condenado a 27 anos e 3 meses de prisão, Bolsonaro permanece na Superintendência da Polícia Federal, onde já estava preso preventivamente em outra ação. Os demais réus que estavam em liberdade foram encaminhados a unidades prisionais.

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Com os direitos políticos suspensos, Bolsonaro sofreu outro revés:

Paralelamente:

Durante o período em que Bolsonaro esteve em prisão domiciliar, as visitas dependiam de autorização do STF e tinham de observar regras, como a proibição de entrada com celular na residência.

Com o fim da ação, o presidente do Supremo, ministro Edson Fachin, afirmou que a Corte não vai “tergiversar” e continuará “na defesa da institucionalidade democrática”.

Ainda no Supremo

A maioria dos ministros reconheceu a existência de racismo estrutural no Brasil, a partir da constatação de graves violações de direitos constitucionais da população negra. No entanto, ainda há divergências sobre declarar ou não o “estado de coisas inconstitucional” em relação ao tema e sobre o alcance das medidas que o STF deverá impor ao Poder Público para enfrentar o problema. O relator, ministro Luiz Fux, votou pelo reconhecimento do “estado de coisas inconstitucional”. Leia mais:

Também nesta semana, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), mudou de estratégia para mostrar insatisfação com a indicação do advogado-geral da União, Jorge Messias, ao STF, e acelerou o processo na Casa. A sabatina será no dia 10.

Caso seja aprovado, novo ministro assumirá 912 processos do gabinete de Barroso:

Inclusive…

6. Disputa por sucessão na AGU gera crise antes mesmo de a vaga ficar aberta

Segurança pública e economia

O governo de São Paulo e o Ministério Público deflagraram a operação Poço de Lobato, que acusa o Grupo Fit (antiga Refit), da refinaria de Manguinhos, de integrar um esquema bilionário de fraude fiscal que teria gerado R$ 26 bilhões em prejuízo.

A operação reacendeu o debate sobre a aprovação da lei do devedor contumaz para endurecer o combate à inadimplência reiterada e provocou reações no Congresso:

Inclusive, o JOTA promoveu nesta semana um encontro com governadores e autoridades sobre o impacto da criminalidade no ambiente de negócios. Veja o que falaram o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, secretário Nacional de Segurança Pública, Mario Luiz Sarrubbo, e Carolina Yumi, secretária-executiva do Coaf.

Sem consenso

Pela primeira vez, o governo se manifestou de forma contundente sobre a reforma administrativa:

8. Dweck se opõe à reforma administrativa: ‘ampla demais’ e com ‘excesso de constitucionalização’

“O Executivo não concorda com a proposta do jeito que ela está. Tem pontos ali importantes, mas muitos pontos que a gente discorda.  Tem pontos que a gente acha importante, mas precisa desse consenso político”, completa a ministra da Gestão e Inovação, Esther Dweck.

Cabe processo?

Ao determinar a suspensão, Toffoli chamou atenção para o aumento da litigiosidade no setor aéreo e a existência de decisões judiciais conflitantes para ocorrências semelhantes.

Por que importa: A decisão vai definir os critérios e limites para indenizações por danos morais a passageiros. O STF decidirá qual legislação deve prevalecer quando alterações de voo forem motivadas por força maior — o Código Brasileiro de Aeronáutica ou o Código de Defesa do Consumidor.