Em vídeo divulgado neste sábado (22/11) pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) admite que tentou romper a tornozeleira eletrônica ao usar um ferro de solda e que começou a tarefa no fim da tarde por “curiosidade”. O ministro Alexandre de Moraes determinou que a defesa de Bolsonaro manifeste-se no prazo de 24 horas sobre a violação do equipamento.
Nas imagens feitas pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Distrito Federal (SEAP), a diretora-adjunta do Centro Integrado de Monitoração Eletrônica do Distrito Federal (CIME), Rita Gaio, pergunta ao ex-presidente o que ocorreu com a tornozeleira eletrônica. Ele diz: “meti ferro quente’ por ‘curiosidade”. Na sequência, ela questiona qual tipo de ferro, se era do de passar, e ele responde: “ferro de solda”. Depois, Bolsonaro diz que não tentou puxar a pulseira. “Não rompi a pulseira, fica tranquila”.
O relatório apresentado ao ministro Alexandre de Moraes pela SEAP diz que às 0h07 deste sábado (22/11), o sistema de monitoração gerou alerta indicando violação do dispositivo. Imediatamente, a equipe de escolta posicionada nas imediações da residência de Bolsonaro foi acionada, assim como a direção do sistema de monitoramento.
Os policiais penais realizaram contato imediato com o ex-presidente solicitando que se apresentasse para verificação do equipamento. Ao mesmo tempo, a diretora-adjunta do CIME deslocou-se até o local e o acesso “foi rapidamente viabilizado pelo próprio réu”. De acordo com informações do documento, o equipamento apresentava avarias, mas não tinha sinais de choque em escada.
Em vídeo divulgado pelo STF, Jair Bolsonaro admite que tentou romper a tornozeleira eletrônica ao usar um ferro de solda e que começou a tarefa no fim da tarde de sexta-feira por “curiosidade”.
📹 Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Distrito Federal (SEAP) pic.twitter.com/p9HxdzJ62V
— JOTA (@JotaInfo) November 22, 2025
“Após autorizada a entrada no recinto buscamos um espaço com boa iluminação e energia elétrica, disponível já na sala principal da edificação. Diferente do que havia sido informado inicialmente, a tornozeleira não apresentava sinais de choque em escada. O equipamento possuía sinais claros e importantes de avaria. Haviam marcas de queimadura em toda sua circunferência, no local de encaixe/fechamento do case”, diz um trecho do relatório.
Ainda segundo informações da SEAP, não foram identificados sinais de avaria na pulseira da tornozeleira e o equipamento foi substituído. “Após confirmação de funcionamento regular, captação contínua de sinal e teste de tração, o monitorado [Bolsonaro] foi liberado para retornar ao repouso”.