O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou nesta terça-feira (4/11), por unanimidade, a criação do partido Missão, fundado por integrantes do Movimento Brasil Livre (MBL). Será a 30ª sigla em funcionamento no país, adotando o número 14.
O relator do pedido, ministro André Mendonça, votou a favor do registro, mas determinou duas adequações no estatuto do partido, em até 90 dias: a revogação do dispositivo que dava a possibilidade de os diretórios estaduais abrirem mão de sua parte do Fundo Partidário em favor do órgão nacional; e a necessidade de o documento estabelecer normas sobre prevenção, repressão e combate à violência política contra a mulher.
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A criação do partido teve parecer favorável do Ministério Pùblico Eleitoral (MPE).
O pedido de registro do partido foi apresentado em julho de 2025, depois de o Missão ter preenchido os requisitos legais. O grupo reuniu quase 590 mil apoios de eleitores em todos os estados e no Distrito Federal.
Atualmente, a Justiça Eleitoral exige um mínimo de 547.042 assinaturas de eleitores em pelo menos 9 estados.
Advogado que fez a defesa do registro do Missão no TSE, Arthur Luis Mendonca Rollo disse que a legenda foi criada por jovens que “sentiram a necessidade de deixar o conforto dos seus lares para buscar melhores condições no país”. Ele destacou que o partido registrou diretórios em 9 estados e no Distrito Federal.
No site oficial do Missão, a sigla diz defender como valores o “fim dos privilégios” do funcionalismo, o endurecimento das leis penais, a guerra contra o tráfico de drogas, a industrialização do Nordeste e o respeito à responsabilidade fiscal.
A legenda afirma estar em uma jornada para representar uma nova geração de brasileiros que “sofre nas mãos do cartel partidário e seus oligarcas”.
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O presidente do Missão é Renan Santos, um dos fundadores do MBL. O grupo também tem entre seus expoentes o deputado federal Kim Kataguiri (União Brasil-SP) e o youtuber Arthur do Val, conhecido como Mamãe Falei, que teve o mandato de deputado estadual por São Paulo cassado em 2022 por falas sexistas sobre mulheres ucranianas.