Os servidores do Banco Central aprovaram, com 80% de votos favoráveis, a proposta de reajuste salarial apresentada pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI). O Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal) já informou ao Executivo aceite, que ocorreu em Assembleia Geral Nacional na quarta-feira (24/4).
De acordo com o sindicato, a correção salarial será de até 10,9% em janeiro de 2025 e de até 10,9% a partir de maio de 2026.Junto com o reajuste, a proposta altera de 13 para 20 níveis da carreira e atende a pleitos dos servidores, como alteração da nomenclatura do cargo de analista para auditor. A mudança na nomenclatura, segundo o Sinal, não prejudica questões relativas à paridade dos aposentados.
Quer saber os principais fatos ligados ao serviço público? Clique aqui e se inscreva gratuitamente para receber a newsletter Por Dentro da Máquina
Em nota, a Associação Nacional dos Analistas do Banco do Brasil (ANBCB) informou que “na avaliação dos servidores, o movimento em prol da valorização da carreira de especialista do Banco Central junto ao MGI se encerra com um sentimento de frustração”. “Sob o risco de sair do momento atual com uma assimetria ainda maior, os servidores do Banco Central se viram obrigados a aceitar a proposta”, afirma a associação.
As negociações duraram cerca de dez meses e desde julho do ano passado a categoria estava em operação padrão. Em janeiro deste ano, chegaram a fazer uma paralisação de 24 horas e em fevereiro aprovaram um indicativo de greve, que foi cancelado no dia seguinte. As tratativas entre os funcionários do BC e o governo acontece por meio da Mesa Temporária e Específica de Negociação, criada, no ano passado, pelo MGI.
O Sinal afirma que seguirá com as mobilizações em torno de propostas que não foram aceitas neste momento. Entre esses pontos está a demanda pela exigência de nível superior para o cargo de técnico. “Outro ponto que seguirá no centro da atuação do SINAL é a redução das assimetrias em relação a carreiras congêneres, inclusive com a busca pela Retribuição por Produtividade Institucional (RPBC) por meio de tratativas no Executivo e no Legislativo”, acrescenta o sindicato.