Na tarde dessa segunda-feira (19/5), magistrados(as), servidores(as), autoridades e público em geral acompanharam a abertura da exposição “Caminho para a Magistratura: a evolução dos concursos do TRT-2”. A mostra está no espaço de exposições do Centro de Memória da Justiça do Trabalho da 2ª Região (localizado no saguão do Ed. Sede, rua da Consolação, 1272, São Paulo-SP).
Por meio de documentos, fotos, notícias de jornais da época e textos organizados pela Coordenadoria de Gestão Documental e Memória, o público pode conhecer como foi a trajetória e o ingresso dos(as) magistrados(as) na 2ª Região desde a década de 1940 até os certames atuais.
A exposição aborda ainda algumas curiosidades, como os concursos no período da ditadura e peculiaridades das seleções, como a que aprovou a primeira juíza concursada da Justiça do Trabalho, Neusenice de Azevedo Barretto Kustner. Relata também como foi a disputa mais longa da magistratura, que ocorreu entre 1971 e 1979.
Além disso, há destaque para o aumento significativo do número de concursos públicos realizados na década de 1980, quando o Regional passou a realizar processos seletivos praticamente todos os anos. A evolução das políticas de inclusão, com a aplicação das cotas e a preocupação com o aperfeiçoamento do acesso das mulheres às carreiras da magistratura, também está na apresentação.
Na inauguração da mostra, o presidente do TRT-2, desembargador Valdir Florindo, relembrou as origens da Justiça do Trabalho, que sempre compartilhou com os concursos públicos um mesmo fundamento: o reconhecimento do trabalho humano como eixo estruturante da cidadania. “Ambos surgiram como instrumentos de transformação. Um, promovendo o acesso técnico e isonômico ao serviço público; o outro, garantindo a mediação justa dos conflitos laborais e a tutela dos direitos sociais”.
E completa: “São pilares que se entrecruzam historicamente e que permanecem atuais. Hoje, com concursos cada vez mais técnicos, inclusivos e comprometidos com a equidade, e com um corpo funcional cada vez mais representativo da sociedade brasileira, a Justiça do Trabalho rearma sua condição de instituição indispensável à democracia, à justiça social e à promoção da dignidade de todas as formas de trabalho”.
O coordenador do Comitê de Documentação e Memória do Tribunal, desembargador Armando Augusto Pinheiro Pires, comentou que o tema da exposição é um assunto envolvente na vida de cada magistrado(a) do TRT-2. “Nenhum de nós esquece dos momentos nervosos das provas, a apreensão da terrível espera dos resultados, os contatos arrepiantes com a banca examinadora e as intensas emoções da prova oral”, pontuou.
Segundo o coordenador de Gestão Documental e Memória do TRT-2, Eduardo dos Santos Rocha, cada vitrine revela um pouco das transformações na composição da Justiça do Trabalho, dos primeiros concursos públicos, das mudanças nos processos seletivos e do papel pioneiro de diversas figuras marcantes. “Entre os destaques, encontram-se documentos originais, registros das primeiras nomeações, editais históricos, imagens das posses e a participação marcante de mulheres e a crescente diversidade dos concursos”, enumerou.
Para enriquecer a mostra, a equipe organizadora solicita a magistrados(as) que compartilhem fotos do processo seletivo de quando foram aprovados(as) e/ou do momento da posse. As imagens devem ser enviadas por meio do QRCode disponível nos cartazes da campanha fixados nas unidades do TRT-2 ou por meio deste link.