Conselho Federal apresenta recorte goiano do Perfil Demográfico da Advocacia Brasileira

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O presidente interino nacional da OAB, Rafael Horn, apresentou à advocacia goiana o Perfil Demográfico da Advocacia Brasileira (Perfil ADV), o maior estudo já realizado sobre a classe no país. A exposição do levantamento aconteceu nesta segunda-feira (8/7), durante a sexta sessão ordinária do Conselho Pleno da OAB-GO, em Goiânia.

Encomendado pelo CFOAB à Fundação Getulio Vargas (FGV), a pesquisa entrevistou 20.885 advogados e advogadas. 

Coordenador do 1º Perfil ADV, Rafael Horn deu ênfase aos dados do levantamento demográfico da advocacia goiana. Dos quase 1,4 milhão de advogados e advogadas brasileiros, 52.252 profissionais ativos são da OAB-GO, segundo dados do Cadastro Nacional dos Advogados (CNA). Por meio do Perfil ADV foi possível saber que a maioria da classe no estado de Goiás, assim como no caso da nacional, é feminina: 52,91% são mulheres e 47,09%, homens. No levantamento, 53,58% se declararam brancos, 31,17%, pardos, 6,51% pretos, 2,34%, amarelos, e 0,40% indígenas.

Quanto à faixa etária, 32,36% dos profissionais goianos têm entre 31 a 40 anos; 26,17%, acima de 50 anos; 20,96%, até 30 anos; e 20,52%, de 41 a 50 anos. O levantamento chegou à conclusão que 33% não possuem filhos.

Em relação ao tempo de inscrição na OAB-GO, a maioria (33,03%) tem até cinco anos, ou seja, integram a chamada Jovem Advocacia. Em segundo lugar (26,42%), os que têm de seis a dez anos de profissão. Sendo que 59% trabalham em escritório de advocacia e 29%, home office. Rafael Horn chamou a atenção de que o estudo revelou uma “forte característica de interiorização”, pois 65% dos advogados e advogadas estão no interior do estado, enquanto 24% encontram-se na capital ou na região metropolitana.

Direito Civil

O ramo com a maior concentração de advogados goianos é o Direito Civil, que, em termos gerais, atingiu o montante de 26%. Em seguida, as áreas de atuação com maior destaque estão Família e Sucessão (17%) e Direito Trabalhista (12%).

Segundo Horn, os dados coletados são essenciais para planejar o futuro da advocacia no Brasil, garantindo que nenhum advogado, independentemente de sua localização ou especialidade, fique sem apoio. “Era necessário que nós tivéssemos esse diagnóstico, um diagnóstico que tem uma margem de erro de 4%, ou seja, um diagnóstico que tem bastante precisão, não apenas de administrar, mas de entregar as soluções que a advocacia merece para o enfrentamento dos seus desafios”, destacou.

O presidente interino nacional da OAB afirmou, ainda, que o Perfil ADV foi planejado desde o início da gestão. “A primeira pesquisa demográfica brasileira foi um estudo desafiador e era necessário desde o início dessa gestão para que pudéssemos ter uma noção da realidade da demografia do nosso país. Nós tivemos uma primeira ação dentro da vice-presidência que foi buscar concentrar todos os dados do Exame de Ordem e do CNA em um único documento, e isso fizemos no primeiro ano de gestão. Isso já trouxe várias informações, mas faltava avançar um pouco mais para termos uma noção sobre a realidade do exercício profissional, especialmente o socioeconômico e a realidade dos colegas que estão enfrentando o início da profissão, a exemplo das mulheres”, relatou.

Agradecimento

Na ocasião, Rafael Horn exaltou a participação da advocacia local durante a pesquisa. “Eu quero fazer um agradecimento à advocacia goiana, porque foi um estado que se mobilizou muito para responder, não apenas os senhores, mas certamente como líderes que são, conseguiram dentro das suas relações, das suas lideranças, mobilizar outros respondentes”, ressaltou.

O presidente da OAB-GO, Rafael Lara Martins, aproveitou o momento para criar um grupo de trabalho responsável por aprofundar os dados da pesquisa, com componentes da Comissão da Advocacia Jovem, da Caixa de Assistência dos Advogados de Goiás (Casag) e conselheiros seccionais. “Esse grupo ficará responsável por se aprofundar na pesquisa e por trazer sugestões de medidas, ações e soluções para que esse levantamento não seja só um número guardado aqui na memória e no histórico da OAB. Mas que essa pesquisa possa ser efetivamente um norte de trabalho e, quem sabe, até a construção de ideias imediatas ou futuras para a OAB”, explicou Lara.

Também compuseram a mesa diretiva a secretária-geral da OAB-GO, Talita Hayasaki; o diretor-tesoureiro da OAB-GO, Eduardo Cardoso Júnior; a secretária-geral da Casag, Daniela Kafuri; o diretor-tesoureiro da Casag, Rodrigo Moura Guedes; as conselheiras federais por Goiás, Ariana Garcia e Layla Oliveira Gomes; o conselheiro federal por Goiás, David Soares; e a presidente do Tribunal de Ética e Disciplina (TED), Ludmilla Torres. 

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