Avançaram as negociações dos dissídios coletivos envolvendo os representantes de condomínios residenciais e comerciais e os empregados que trabalham nesses condomínios e os que atuam em empresas de compra, venda e locação de imóveis. As negociações em audiência de dissídio coletivo buscam um acordo sobre a nova Convenção Coletiva (2024-2025) e foram realizadas nesta terça-feira (11), sob a condução do vice-presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região (TRT-PR), desembargador Marco Antônio Vianna Mansur. O encontrou serviu para aproximar as propostas patronais e dos trabalhadores.
A audiência reuniu o Sindicato da Habitação e Condomínios do Paraná (Secovi) e dois sindicatos pelos trabalhadores: o Sindicato dos Empregados em Edifícios e Condomínios Residenciais, Comerciais e Mistos (Sindicon) e pelo Sindicato dos Empregados em Empresas de Compra e Venda, Locação e Administração de Imóveis, Empresas de Turismo, Lavanderias, Igrejas, Salões de Beleza (Seclitus). Ambas as entidades representam trabalhadores de Curitiba e Região.
Houve discordâncias sobre tópicos relativos, principalmente, ao reajuste de cláusulas econômicas, que impedem o ajuste. No início da audiência, os trabalhadores reivindicaram pretensões muito além do que os empresários estariam dispostos a arcar. Mas, no final do encontro, os representantes dos empregados e dos empregadores aproximaram as suas propostas.
De qualquer forma, as sugestões de conciliação serão levadas para aprovação, em assembleia. As partes trarão as respostas de seus representados em nova audiência, agendada para 27 de junho, às 14h.
Confira as proposições:
Empregadores (Secovi):
– 4% de reajuste para as cláusulas econômicas e o valor de R$ 605 para a cesta básica. Inicialmente, o Secovi propôs reajuste 3,23%, correspondente ao INPC;
– Inclusão dos dependentes no plano de assistência médica, se custeada a inclusão integralmente pelos empregados.
Trabalhadores (Sindicon e Seclitus):
– 5% de reajuste salarial e o valor de 700% para a cesta básica (o atual valor é de R$ 576). A primeira proposta de reajuste salarial foi de 6,97%, correspondente à variação do salário mínimo.
– Alteração do plano de assistência médica para inclusão de dependentes dos trabalhadores (sem citar o custeio integral defendido pelo Secovi), além de uma melhora na agenda de atendimento e a realização de qualquer exame sem coparticipação do beneficiado.
– Manutenção das demais cláusulas.
Veja abaixo como foi a audiência:
Texto: Gilberto Bonk Junior / Ascom TRT-PR