O desembargador Marco Antônio Vianna Mansur é vice-presidente do TRT do Paraná
Terminou em acordo a audiência de dissídio coletivo de greve de eletricistas, que atuam na Companhia Paranaense de Energia (Copel) e na construção civil em Curitiba e em diversas regiões do interior do estado. Os representantes de empregadores e empregados, após longa negociação, chegaram a um consenso. A sessão, a segunda do dissídio coletivo, ocorreu nesta terça-feira (20). O resultado será submetido às assembleias de empregados de todo o estado até sexta-feira (23).
O vice-presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região (TRT-PR), desembargador Marco Antônio Vianna Mansur, conduziu a audiência e parabenizou as partes pelo esforço na busca pela conciliação. O conflito refere-se ao reajuste das cláusulas econômicas, como aumento de piso salarial e de vale-compras. A convenção atualmente vigente, que vigora até 2025, prevê a negociação das cláusulas econômicas para o ano de 2024, considerada a data-base de junho.
Confira como ficou o ajuste:
– reajuste de 5% nos pisos e demais salários;
– demais cláusulas econômicas também reajustadas em 5%;
– R$ 27,30 do vale-refeição diário e R$ 760 do vale-compras mensal (ambos os valores reajustados em cerca de 5%); e
– compensar os dias parados em até 60 dias.
Ficou pactuado ainda que os valores atrasados (salários, vale-compras e vale-refeição), referentes ao período desde a data-base – junho, julho e agosto – serão pagos conjuntamente com a folha complementar de antecipação salarial, prevista para o dia 20 de setembro.
O acordo ajustado em audiência será levado para assembleias de trabalhadores de todo o estado. As assembleias serão realizadas até sexta-feira (23) esclareceu o representante dos trabalhadores. Sendo aprovadas as cláusulas, empregadores e empregados peticionarão nos autos o acordo firmado.
Acompanharam a audiência, presencialmente, representantes dos sindicatos laborais das seguintes localidades: Paranaguá, Cascavel, Arapongas, Medianeira, Guarapuava, Londrina, Paranavaí, Ponta Grossa, Irati, Pato Branco, Foz do Iguaçu e Toledo. Os empregadores são representados pelo Sindicato das Empresas de Eletricidade, Gás, Água, Obras e Serviços do Estado do Paraná (Energemais).
Já os trabalhadores são representados pelas seguintes entidades:
– Federação dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário do Estado do Paraná – Fetraconspar
– Sindicato dos Oficiais Eletricistas e Trabalhadores na Indústria de Instalações Elétricas, Gás, Hidráulicas e Sanitárias de Curitiba e Região Metropolitana –Sinofel Curitiba
– Sindicado dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Imobiliário de Umuarama – Sintracomu-PR
– Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Imobiliário de Londrina – Sticm-Londrina-PR
– Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil, de Olarias, da Cal e Gesso, de Ladrilhos Hidráulicos e Produtos de Cimento, de Artefatos de Cimento Armado, de Cerâmica para Construção, Mármores e Granitos, Oficiais Eletricista e Trabalhadores na Indústria de Instalações Elétricas, Gás, Hidráulicas e Sanitárias de Cascavel e Região – Sintrivel
– Sindicato dos Oficiais Eletricistas e Trabalhadores nas Indústrias de Instalações Elétricas, Hidráulicas, Gás e Sanitárias de Maringá – SOE-MGA
– Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Paranavaí – Sticm Paranavaí
– Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Cianorte – Sticm Cianorte
– Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Paranaguá – Sticm Paranaguá
– Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Arapongas – Sticma
– Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Ubiratã – Sticm Ubiratã
Texto: Gilberto Bonk Junior / Ascom TRT-PR
Fotografia: João Vitor Soares / Ascom TRT-PR
Processo nº 0003269-36.2024.5.09.0000