A juíza Sandra Mara Flugel Assad com adolescentes do Projeto de Cidadania
e Inclusão Digital Roberto Dala Barba na 12ª Vara do Trabalho de Curitiba.
Os adolescentes que participam do Projeto de Cidadania e Inclusão Digital Roberto Dala Barba tiveram uma aula-visita na 12ª Vara do Trabalho de Curitiba, sobre noção de norma, cidadania e democracia, a partir do que está escrito na Constituição Federal, “o livro mais importante do Brasil”, segundo a juíza Sandra Mara Flugel Assad, titular da Vara, que recebeu os jovens, juntamente com o diretor de secretaria da unidade, Pedro Juarez Zamboni.
“O fato de nós termos características físicas diferentes, não significa que um tenha mais direitos do que os outros. Por isso que a gente fala que nós somos diferentes, mas somos iguais perante a lei. Não importa se o meu cabelo é cacheado, se é castanho, se é loiro, se é branco, se é vermelho. Não importa se a mim foram atribuídas características femininas, masculinas, não importa o que eu resolvi ser, o que importa é que nós somos pessoas e nós temos os mesmos direitos”, disse a juíza.
De uma forma simples, foi explicado aos jovens o que é a democracia e qual o seu valor, não apenas pelo direito ao voto para os representantes, mas pelo direito de também representar o próprio povo. “A democracia é um sistema que nos permite escolher quem são as pessoas que a gente quer que nos represente no local de escrever as leis, um local de governar as cidades, os estados, o país. E a partir de uma determinada idade vocês também poderão ser eleitos, poderão ser escolhidos”, posseguiu a magistrada.
Tradicionalmente, a juíza Sandra Assad convida os alunos do Projeto de Inclusão Digital para uma foto vestidos com toga de juíza ou de juiz. Por trás da atividade, existe o ensinamento de que qualquer um dos adolescentes pode conquistar o direito de ocupar aquele lugar, independentemente das condições socioeconômica em que vive atualmente.
“Os trabalhadores têm uniformes e às vezes têm equipamento de proteção. Esse aqui é o uniforme da juíza. Chama-se toga. Não é obrigado a usar. A gente é obrigada a usar toga só quando a está lá no Tribunal. Os juízes do tribunal, que se chamam desembargadoras e desembargadores, obrigatoriamente têm que entrar na sala de julgamento de toga”, explicou.
O Projeto de Cidadania e Inclusão Digital Roberto Dala Barba é uma realização do Tribunal Regional do Trabalho do Paraná e existe desde 2005. Na edição de 2023, a ação tem o apoio do município de Almirante Tamandaré, por meio do Centro de Convivência Estrelar e da Universidade Livre para a Eficiência Humana (Unilehu). Todos os magistrados e servidores do projeto atuam de forma voluntária.