Uma proposta de acordo, que será analisada pelos trabalhadores que atuam na atividade de estacionamento rotativo de Londrina (Zona Azul) e de Cambé (Zona Verde), poderá encerrar o dissídio coletivo ajuizado contra a sua empregadora, o Instituto Leonardo Murialdo. Em audiência realizada na quinta-feira, 1º de fevereiro, o Instituto e o sindicato que representa a categoria – o Sindicato das Entidades Culturais, Recreativas, de Assistência Social, de Orientação e Formação Profissional do Paraná (Secraso-PR) -, propuseram o valor de R$ 17,50 de vale-alimentação, como contraproposta aos R$ 20 defendidos pelo Sindicato dos Trabalhadores em Urbanização do Estado do Paraná (Sindiurbano-PR). O valor atual é de R$ 16. Esse é o tópico que impede a assinatura do novo acordo coletivo.
Na audiência, presidida pelo vice-presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região (TRT-PR), desembargador Marco Antônio Vianna Mansur, o Instituto Leonardo Murialdo alegou não poder arcar com o pedido dos trabalhadores, uma vez que se trata de uma entidade beneficente, e o impacto financeiro do aumento do benefício, direcionado aos seus 80 trabalhadores, por dia de trabalho, poderia prejudicar o seu propósito de auxílio social. Ressaltou, também, que, além do vale-alimentação, o Instituto oferece a seus empregados café da manhã e lanche da tarde.
No final da sessão, o Sindiurbano-PR afirmou que submeterá aos trabalhadores, em assembleia, a proposta de R$ 17,50 de vale-alimentação. Mas frisou que somente concordará com o valor se a empregadora continuar disponibilizando o café da manhã e o lanche da tarde. Se os trabalhadores concordarem com a proposta, as partes deverão informar nos autos, bem como apresentar o instrumento coletivo formalizado.
Foi a segunda audiência desse dissídio coletivo. A primeira ocorreu na semana passada, sem a participação do Secraso-PR. A sessão foi adiada justamente para que o sindicato patronal participasse das negociações.
O caso refere-se ao processo nº 0008392-49.2023.5.09.0000.