As ouvidorias da Justiça do Trabalho estiveram reunidas na sede do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (São Paulo Capital) para a 36ª Reunião do Coleouv, em setembro. O padre Julio Lancelotti, que realiza relevante trabalho junto às pessoas que vivem em situação de rua, foi homenageado no encontro e falou sobre o seu trabalho de atendimento, bem como da questão trabalhista junto àquela população.
O Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região (TRT-PR) foi representado pela desembargadora ouvidora Neide Alves dos Santos e pela servidora Débora Gnata Baleche Proença, gestora da unidade. O encontro serviu como espaço de debates e troca de experiências entre as várias ouvidorias, boscando a melhoria nos serviços prestados por essas unidades no relacionamento com o cidadão e com as demais instituições.
O encontro teve a presença da ouvidora nacional da Justiça do Trabalho, ministra do Tribunal Superior do Trabalho (TST) Delaíde Alves Miranda Arantes.
De acordo com o padre Julio Lancelotti, a sociedade e o próprio poder público falham, no geral, em promover a cidadania para a população de rua. A falta de atendimento de qualidade nos serviços públicos coloca essas pessoas como vítimas potenciais de trabalho análogo à escravidão, inclusive. A fala do sacerdote foi corroborada pela ministra Delaíde, que falou da quantidade de denúncias de trabalho escravo recebidas no TST.
No segundo dia do encontro, os integrantes das ouvidorias da Justiça do Trabalho participaram do painel de debates “Ouvidorias de Gênero”, que foi realizado na Faculdade de Direito do Largo São Francisco, da Universidade de São Paulo (USP), e que teve a mediação do professor e desembargador do TRT-2 Homero Batista Mateus da Silva.