Paredes São de Vidro reconstitui o 8 de janeiro com base nos diários de Rosa Weber

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Às 8h30 da manhã de domingo, 8 de janeiro de 2023, a então presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Rosa Weber, recebeu uma mensagem tranquilizadora de Rogério Galloro, seu assessor especial de segurança no STF. Estavam previstos para aquele dia manifestações de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, que havia sido derrotado na tentativa de reeleição e acabara de deixar o mandato.  

No meio da tarde, o clima tranquilizador do início da manhã já havia sido dominado pela tensão. De casa, Rosa Weber assistia pela televisão o Tribunal sob o seu comando ser invadido e destruído. Neste momento, seu impulso era de ir até lá. Mas precisou ser convencida do contrário pelos seus seguranças. 

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O relato completo em que Rosa Weber revisita o 8 de janeiro está disponível em edição extra do podcast do JOTA Paredes São de Vidro. O episódio que foi ao ar em novembro do ano passado tem trechos narrados pela própria ministra de seu diário pessoal. “Meus sentimentos, frente à vilania, foram um misto de indignação, incredulidade e desespero em meio às lágrimas da impotência provocadas pelas cenas covardes exibidas pela TV”, recorda em um dos trechos.

Felipe Recondo, sócio-fundador e diretor de conteúdo do JOTA, e Luiz Weber, diretor de Jornalismo do SBT em Brasília, tiveram acesso ao material e fazem a condução do podcast. Eles descrevem, por exemplo, o estado em que o Supremo ficou após a invasão.

“No plenário, as cadeiras desenhadas pelo arquiteto polonês Jorge Zalszupin foram arrancadas. A toga do ministro Alexandre de Moraes foi roubada. (…) Do lado de fora, a escultura ‘A Justiça’, de Alfredo Ceschiatti, que representa Têmis, a deusa da justiça na mitologia grega, foi pichada com a frase “PERDEU, MANÉ”, descrevem.

Além dos registros pessoais da ex-presidente do STF (do dia 8 de janeiro até 1 de fevereiro) e dos relatos feitos pelos jornalistas, ações detalhadas da segurança do Supremo nos dias que antecederam o 8 de janeiro são a base para contar a história da invasão das sedes dos Três Poderes da perspectiva do Supremo e de Rosa Weber. 

Ouça ao novo episódio do Paredes São de Vidro: O Diário da Rosa