O grande desafio da advocacia corporativa contemporânea é o custo e a latência. A busca incessante por redução de budget e o lapso temporal entre a ocorrência de um evento e sua consequente resposta delineiam um terreno árido, no qual advogados e advogadas se veem imersos em uma batalha contra os recursos e o tempo.
Os profissionais se encontram espremidos em uma realidade na qual se objetiva pagar menos com a entrega de resultados de qualidade no menor tempo possível. E mais, profissionais da geração Z e Y objetivam compatibilizar uma carreira de sucesso com uma vida pessoal satisfatória. E aqui nem estamos falando dos muitos que ainda sonham em completar uma maratona, obter a faixa preta de uma luta marcial ou mesmo desenvolver um hobby artístico. Isso tudo mantendo publicações com muitas curtidas nas redes sociais.
Essa complexa equação da vida moderna parece não fechar. A angústia aumenta, os índices de depressão e ansiedade, infelizmente, só se acentuam e as organizações jurídicas tradicionais, leiam-se escritórios de advocacia parecem não conseguir lidar com a pós-modernidade jurídica.
Os integrantes da geração X e baby boomer vão se lamentar, expressar que não se fazem profissionais como nos velhos tempos. A diminuição dos resultados do escritório é apenas uma onda passageira e os dias de ouro da advocacia irão voltar.
Acreditamos em outra abordagem. Em 2023, finalmente descobrirmos a chave para solucionar essa equação. A ponte para o futuro tem nome e sobrenome: Inteligência Artificial Generativa (IAG).
Estamos no JOTA e somos advogados, desta forma não vamos gastar linhas explicando os aspectos técnicos de uma tecnologia que silenciosamente promoveu uma revolução, se espalhando por diferentes contextos das nossas vidas.
O fato é que a Inteligência Artificial Generativa no Direito é uma realidade que vai mudar absolutamente tudo. A onda de inovação que esta carrega está redefinindo as relações até então impostas, inaugurando a era do Direito instantâneo.
E como em outros momentos da advocacia, veremos muitos ficando pelo caminho e tantos outros sendo impulsionados de maneira exponencial. A implementação da Inteligência Artificial no setor jurídico não é mais uma especulação teórica, mas uma revolução tangível, com um impacto muito maior do que o advento dos computadores pessoais na rotina dos profissionais do Direito.
Estamos no limiar de uma transformação abrupta e intensa, na qual o tradicional e o contemporâneo colidem, gerando uma amálgama de oportunidades e desafios. Ludistas protestarão, críticos criticarão e céticos olharão para o outro lado.
Os advogados e as advogadas serão ainda mais indispensáveis em 2024, mas contarão com cérebros estendidos. O futuro que se descortina é intrigante: uma realidade na qual humanos se utilizam da tecnologia não apenas para otimização das suas atividades diárias, mas também para alinharem as suas aspirações profissionais ao bem-estar pessoal. Observa-se a possibilidade de se tornar a prática jurídica mais gratificante.
A realidade utópica está posta: seremos ciborgues e isso nos tornará mais felizes.